quinta-feira, 12 de maio de 2016

Violência de gênero na UnB: sem mais “LOUISES” mortas


Marcelo Holanda é estudante de Letras/Espanhol da Universidade de Brasília/UnB e criou uma petição, pois não suporta mais o horror e o cúmulo do absurdo que está acontecendo em sua universidade. Uma jovem de 20 anos teve sua vida destruída, e acabada, por um rapaz que se intitulou dono dela. Do seu destino. De sua existência. Segundo Marcelo, “por ter havido um NÃO de Louise em relação ao assassino, a moeda de troca foi o sangue dela. Que hoje faz parte de um dos inúmeros gramados da UnB”. Não bastasse a crueza e crueldade de um crime tão bárbaro, o feminicídio (que muitos tentam retirar da pauta ou esconder sob os tapetes sujos da sociedade), o fato aconteceu na semana do Dia Internacional da Mulher, fazendo emergir que a consciência sobre a violência de gênero ainda é tímida, mesmo diante de um horror como o caso Louise. Uma verdade impera: não há como mais tolerar o intolerável: o feminicídio tem suas nuances. É física, é moral, é psicológica, é simbólica. Mas elas existem. Ações e políticas públicas que permitam a discussão do assunto na esfera acadêmica, no sistema de justiça e no campo social, se fazem necessárias, além de cumular a questão com medidas de segurança pública, a fim de evitar que outras 'Louises' apareçam. Mulheres e aos homens que entendem a gravidade da violência de gênero, em que o corpus feminino é afetado, achincalhado, massacrado, estuprado, queimado e morto, um chamado: assinem a petição do Marcelo e vamos ajudá-lo a levar nossa indignação e tristeza às autoridades, como vozes emergentes e que não se calam. A mensagem dos estudantes da UnB é nítida: #NãoAoFeminicídio.